Dourada?
Foto do ciclista Antonio Bento
Este domingo fui ajudar o meu companheiro Carlos Ferreira a completar a sua 8ª maratona e a segunda em menos de 30 dias.
Tinha planeado fazer apenas 15 Km, esperei debaixo da ponte no décimo quinto quilómetro e dei a volta até ao estádio com regresso e final pouco depois dos 30 Km (the wall).
A lebre inicial (Pedro Teixeira) teve o cuidado de fazer a inscrição no dia anterior, quando terminou a sua prestação cerca dos 22 Km, passou-me o testemunho, e eu passei ao Pedro Oliveira (lebre que levou o atleta à meta) até às 3h35m de prova.
Quando estava à espera, vi passar os primeiros atletas e alguns de ritmos relativamente elevados, e tive alguns pensamentos relativamente a esta prova e ao cenário da maratona em Portugal:
– “Xiiii, pareço aqueles habitantes das aldeias da Mauritânia quando passa o Lisboa – Dakar, estou aqui sozinho a aplaudir cada um dos atletas que vai passando, sei que este som não significa muito para eles, mas eu sei reconhecer o que custa ali andar, não só hoje mas os meses que antecederam…”
– “E este senhor amblíope, tem a coragem de vir aqui a correr sem guia, já chocou contra nós e tropeçou algumas vezes nos passeios do Estádio Nacional, coragem mesmo….”
– “Isto aqui nos abastecimentos está um pouco apertado de mais! Não é preciso tanta gente para 2 ou 3 atletas que passam de vez em quando!”
– “O que se passará na cabeça destes nórdicos? Será que estão arrependidos? Ou pensam que os lisboetas, gostam tão pouco de maratonas que saem da cidade para que ela ainda fique mais deserta e triste que um normal fim-de-semana?”
– “Será que vale a pena continuar a fazer esta prova? Qual é o objectivo de organizar esta prova?”
Tinha planeado fazer apenas 15 Km, esperei debaixo da ponte no décimo quinto quilómetro e dei a volta até ao estádio com regresso e final pouco depois dos 30 Km (the wall).
A lebre inicial (Pedro Teixeira) teve o cuidado de fazer a inscrição no dia anterior, quando terminou a sua prestação cerca dos 22 Km, passou-me o testemunho, e eu passei ao Pedro Oliveira (lebre que levou o atleta à meta) até às 3h35m de prova.
Quando estava à espera, vi passar os primeiros atletas e alguns de ritmos relativamente elevados, e tive alguns pensamentos relativamente a esta prova e ao cenário da maratona em Portugal:
– “Xiiii, pareço aqueles habitantes das aldeias da Mauritânia quando passa o Lisboa – Dakar, estou aqui sozinho a aplaudir cada um dos atletas que vai passando, sei que este som não significa muito para eles, mas eu sei reconhecer o que custa ali andar, não só hoje mas os meses que antecederam…”
– “E este senhor amblíope, tem a coragem de vir aqui a correr sem guia, já chocou contra nós e tropeçou algumas vezes nos passeios do Estádio Nacional, coragem mesmo….”
– “Isto aqui nos abastecimentos está um pouco apertado de mais! Não é preciso tanta gente para 2 ou 3 atletas que passam de vez em quando!”
– “O que se passará na cabeça destes nórdicos? Será que estão arrependidos? Ou pensam que os lisboetas, gostam tão pouco de maratonas que saem da cidade para que ela ainda fique mais deserta e triste que um normal fim-de-semana?”
– “Será que vale a pena continuar a fazer esta prova? Qual é o objectivo de organizar esta prova?”
Abraços,
NOTA: já não vou ao Cartaxo, vou ao 1º de Maio e talvez a estafeta Cascais – Lisboa
a minha corrida
Nuno
Vim cá deixar um convite. Nunca fiz uma maratona e penso ir ao porto fazer em Outubro. Deixo aqui o desafio para ir comigo.
Nunca fiz uma maratona. Não sei se algum dia farei. Mas uma coisa já senti…a diferença entre sentir o público incentivar, aplaudir e acompanhar com entusiasmo o nosso esforço e correr sozinha por ruas desertas…
Paula Pinto
Não desejo a ninguém o sofrimento de fazer uma maratona completamente sozinho, em ruas abandonadas, com uma temperatura algo elevada e um vento contra nos últimos 15km.
É indiscritivel.
A não repetir