Quem sou eu para fazer balanços… Mas aqui vai: Portugal esteve até acima do seu verdadeiro nível desportivo, ter resultados e ter tantos atletas qualificados (cerca de 70) já é muito bom, quanto ao resto (como disse o Marco Fortes e bem) agora aí vêm 3 anos de esquecimento e cada um a treinar por si… Apesar de tudo não gosto do discurso que está sempre a lembrar as conquistas nos europeus e mundiais, isso nada interessa ali, há muitos atletas que só se preparam para um pico de 4 em 4 anos e muitas vezes nem sequer participam nas grandes competições, veja-se o caso de há 4 anos de Vanessa vs Snowsil, a nossa triatleta dominava todos rankings até à data da prova e não teve hipótese de fazer melhor que prata.
Gostava de falar aqui dos 10.000 m masculinos, que acho que são simbólicos quanto à dedicação e investimento de um dado país, nos EUA nos últimos anos Alberto Salzar foi escolhido para liderar um projecto (do qual Mo Farah – ouro nesta prova- faz parte) para tentar igualar ou superar a dominância africana no meio fundo e fundo, e tem dado frutos a nível feminino e principalmente masculinos com Ryan Hall na maratona e agora coma prata de Galen Rupp nos dez mil de Londres 2012. Acho que em Portugal não se valoriza o potencial dos nossos “potenciais” valores em meio fundo e fundo (talvez faça falta um novo Moniz Pereira) nem sequer se valorizam os feitos dos nossos atletas nessa distancia no passado recente, os tempos de Lopes, Mamede e até Aniceto ou Canário dariam perfeitamente para entrar na disputa pelas mesmas provas na actualidade é preciso é motivar o pessoal, em tempos de crise é só pegar nas sapatilhas e ir correr para a estrada.
Abraços e boas corridas
a minha corrida