Não me considerando um pioneiro, tive o privilégio de participar em algumas primeiras edições lá para para os anos de 2009 e 2010 – Trilhos do Pastor, Trilhos de Conimbriga Sicó e Trilhos de Almourol – isto para além ter ter por hábito iniciar a época na prova Trilhos do Monsanto (prova já desaparecida). Nessa altura já exista a Freita e a Geira Romana, mas para se fazer mais que 100 km era preciso ir a Ronda em Espanha e a edição não era anual. Ouvia-se falar do UTMB e da Trans Canária, mas eram só uns loucos que lá iam… Agora a oferta de provas em trilho é tanta que é difícil escolher e estamos numa fase de selecção natural em que só os eventos mais fortes vão sobreviver.
Fazendo a passagem para a prova em que participei este fim de semana e pelo discurso do organizador, no briefing antes da partida, fiquei a saber que a empresa vai deixar a organização desta prova, e este ano foi de transição para os Amigos do Atletismo de Mafra, dando já os tais sinais de selecção natural, agora é esperar por 2018 para vermos se existirá nova edição.
Quanto à minha participação, foi muito boa e sempre com o espírito trail – desfrutar e não esforçar -.
Começamos com uma partida lançada no Parque de Santa Marta, em que nos primeiros 500 m não se podia ultrapassar o organizador.
De seguida foi passar pela Praia do Sul, atravessar a estrada e entrar num percurso agradável de trilho até à ponte junto à foz do Lizandro. Aí com grandes vistas subimos e descemos até à praia de S. Julião de onde subimos até ao primeiro abastecimento localizado após os 10km na localidade de Pobral.
Depois tivemos cerca de 2,5km a descer por um caminho “tipo romano” feito de lages e que escorregavam bastante e exigiam alguma cautela, depois molhamos os pés até ao tornozelo e sentimos a água fresca na travessia do rio Lizandro.
Seguir por estradões até ao abastecimento após o km 17 para nos prepararmos para uma parede de 300m de quase subir com as mãos no chão (eram 23% de pendente média) e quando esta acabou foi sempre a descer até à meta.
Cheguei ao fim com 2h23m e em 78º na classificação, senti-me sempre muito bem. Nos abastecimentos não perdi muito tempo, apenas usei o meu copo telescópico para beber um pouco de cola. Não gastei a totalidade do 1lt de água que levei nos dois soft flasks. Caminhei quando as subidas o pediam e levei o relógio a visualizar o cardio.
Aqui fica a minha análise (review) da Ericeira Trail Run – 20K:
Pontos Positivos:
- percurso cénico
- bem marcado
- dois abastecimentos
- apoio policial nas travessias de estradas
- Saber a classificação logo na chegada
- Medalha bonita
Pontos Negativos:
- balneários muito deslocados do local da prova
- não haver controlo do material obrigatório
- resultados colocados no site apenas na 2ªfeira
O meu registo no Strava:
Abraços e boas corridas,
a minha corrida
Não sabia que era a ultima edição.. Por acaso participei na primeira, já não me lembro em que ano, mas acho que até foi recente. Concordo contigo, a selecção natural vai tomar o seu caminho. Um abraço, boas festas!
Olá Filipe,
Não digo que seja a última, foi a ultima organizada pela Horizontes. Os amigos do atletismo de Mafra até podem continuar o trabalho e quem sabe fazer melhor. Já têm o know how da corrida dos sinos.
Boas festa também para ti e respectiva família.