Maratona de Sevilha

Melhor marca do ano…

Andava à procura da sensação que tive nesta maratona desde a minha primeira em 2005 – Paris, ou seja, uma prova em que todas as sensações foram positivas, em que acabei em crescendo, em que me senti sempre a controlar a situação.
Foi a minha segunda maratona em território espanhol, a primeira tinha sido em Barcelona 2006 e afirmo desde já que esta na capital da Andaluzia apesar de ter menos participantes tem uma qualidade / preço quase imbatível, desde o saco do corredor com um equipamento completo, todas as condições antes da partida com direito a aquecedor e tudo, abastecimentos a cada 2,5 Km, público a puxar (também se ouvem impacientes a buzinar no transito), apoio médico regular, marcações em todos os Km e de 5 em 5 milhas, chegada triunfal na pista de um estádio olímpico.
Relativamente à minha prova, não tinha propriamente um plano, tinha na cabeça, fazer mais ou menos o que tinha planeado para Lisboa em Dezembro – primeiros 5 km bem calmos, perto dos 5:30/km e depois começar a aumentar o ritmo, assim o fiz ainda deu para uma paragem técnica para WC,  depois “agarrei-me” a um casal que me pareceu com experiência (eram de uma equipa sevilhana – las aguilas), e fui sempre ao lado deles até à meia que passei dentro da 1h50m. A partir desse ponto senti que estava em condições de aumentar um pouco mais o ritmo, dentro do que tenho feito nas maratonas anteriores  o objectivo é tentar manter esse ritmo até pelo menos ao km 32, passei por esse marco sem dar por nada e pela segunda vez olho para o tempo acumulado, vejo 2h45 e penso “agora mesmo que faças 1h nestes 10 km fazes o mesmo que em Dezembro” acho que foi por volta dos 36 km que reconheço o Fernando Andrade ao longe, resolvo acelerar para o saudar e não é que me sinto bem com ritmo imposto que acabo por seguir (tal como o Fernando tão bem descreve aqui), já depois dos 39 km ainda vejo o Tigre e outros tugas, que tentei sempre saudar – há um companheiro do Porto Runners que me pede desculpa por não ter treinado e eu respondo “não faz mal, eu também não…”. Entrar no estádio e fazer 300 metros na pista até à meta dá uma sensação “Olímpica” e arrepia a pele, deu-me vontade de sprintar e consegui, cruzei a meta com um sorriso e sem grandes dores para além das normais, sinto que hoje (terça-feira) a recuperação foi rápida e fácil o que é um bom sinal.
 
Última nota, já mandei um mail para a organização porque o meu nome não aparece na classificação nem no diploma digital, mas eu sei que a fiz e que passei por todos os tapetes 🙁
 
Podem ver o filme da minha prova aqui:
a minha corrida

7 comentários

  1. Grande mestre Guru K.
    parabéns pelo prazer, é muito bom recuperá-lo.
    Sabes o que significa esta recuperação e este tempo? És um ultra. Estás quase nos marathos maniacs, mas palpita-me que os comrades já estiveram mais longe 🙂
    Forte abraço Amigo, até breve.
    AB – Tarataruga

  2. Grande Nuno

    Parabéns pelo excelente controlo que fez . Uma maratona feita assim, de trás para a frente, é bastante moralizadora.
    Eu também pensava que a estava a fazer de trás para a frente, mas depois´já só queria manter até que “atravessei o deserto” entre os 22 e os 35km.
    Apesar de tudo, fiquei satisfeito na mesma, pois consegui chegar bem.
    Mas demorar 2h a fazer a 2ª meia…
    Grande abraço e, mais uma vez, Parabéns.
    Madrid já está à espera…

  3. Pareceu-ma uma excelente táctica e acho que lhe correu tudo bem. Sonho que a minha primeira corra exactamente assim, esse é o plano, mas… nunca se sabe como correm as coisas no dia.
    Parabéns

  4. Pelo relato e pelas imagens percebe-se que a experiência valeu “tudo” a pena.
    Estás a tornar-te “pro” e serás portanto uma referência a seguir quando me iniciar na mini-micro-maratona da Ponte Vasco da Gama.
    Parabéns!
    Abraço,
    HT

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