No passado Domingo tive a minha primeira prova de 2019, o Trail de Lousa, na sua versão longa 20+, que depois de feito deu cerca de 24 km.
Tal como puderam ver nos meus planos para este ano, vou apostar em provas de trail de distância média e próximas de casa. A ideia é habituar as pernas a declives elevados e não gastar demasiado tempo e dinheiro. Neste caso o trail de Lousa faz parte do circuito de trail de Lisboa com 10 provas ao longo do ano.
Eram bastantes participantes (cerca de 300) para a prova longa, quando se está em Lousa e se olha à volta, temos a certeza que planície não é um tipo de paisagem comum naquela zona, a vila está rodeada de montes com moinhos que há 100 anos ajudavam a produção do pão saloio, mas que no Séc. XXI foram substituídos uns bem mais altos e feios que ajudam à produção de energia eléctrica. Como se pode constactar na imagem do perfil as subidas e descidas são bem acentuadas para um acumulado positivo de 1000 metros.
Como já referi por diversas vezes, a minha abordagem a uma prova de trail é muito mais descontraída do que na estrada (onde temos sempre alguma obrigação com o cronómetro), também quando vamos a uma prova desconhecida temos que ir “à cautela” … e assim fiz, deixei-me ficar cá atrás e fui fazendo as subidas a passo e as descidas com a máxima cautela. Logo nos primeiros 3km temos um pico em que a parte final inclui escalada, ainda escorreguei, mas não foi nada de cuidado, depois foi uma descida em estrada e estradão até ao primeiro abastecimento só de líquidos antes dos 10km, a partir daí tivemos mais um pico, mas com a progressão mais limitada pois a chuva de sábado criou muito barro e as sapatilhas ficavam coladas ao chão, para além de se ir perdendo a tracção com a lama acumulada, a descida também foi complicada pela mesmas razões, aqui ainda senti um tendão da coxa a prender mas depois passou. A parte restante até à meta foi basicamente estradões e trilhos muito agradáveis com piso compacto (talvez uma parte menos exposta da serra), no abastecimento aos 18km estava muita gente pois era o único com sólidos, não perdi muito tempo só atestei a garrafa e bebi um isotónico e lá fui até à meta passadas 3 horas e 33 minutos de aventura.
No dia seguinte estive com dores musculares nos tais grupos que não são trabalhados nos meus treinos e por isso a descida de escadas ficou algo afectada. De resto considero uma boa participação, não tinha noção de quanto tempo iria fazer, mas o terreno o ditou. A próxima vai ser um tratamento ainda melhor, vão ser 1700m+ e 27km na serra de Sintra, – Peninha Skyrun – vou protestar, vou lamentar, vou bufar, mas eu mereço… 😉
Aqui fica a minha análise (review) da prova:
Pontos Positivos:
- Boas marcações
- Percurso desafiante
- Duche no final
- Abastecimento final
Pontos Negativos:
- Entrega do kit só de véspera e em Lisboa
- Abastecimento só de liquido aos 8 e muito tardio com sólidos (18km)
- Preço elevado (apesar do cashback da Prozis, obriga a uma encomenda com o dobro do valor)
- Medalha fraquinha – tipo base para copos mas nem diz a data ou o ano (ver foto acima)
O meu registo no Strava:
Boas corridas!
a minha corrida
Parabéns pela excelente prestação. Um abraço.
Os pontos negativos pesam na avaliação. Olhando para a altimetria parece ser bem puxadinho.