Maratona de Lisboa

No passado domingo, dia 17, completei a minha 22ª maratona ou ultra, se formos restritos à distância da maratona, são já 18.

Comecei a treinar em meados de Agosto, fazendo apenas 8 semanas até à prova, sendo que até esse início não estava parado. Tive duas provas de 10K que relatei por aqui, a prova da FPA e o Memorial Francisco Lázaro, deram sinais para ser realista como tempo a fazer na prova alvo, bem como os treinos de velocidade que mostravam que a máquina estava num modo mais conservador. Fiz dois longões de 32 km e apostei numa quilometragem semanal, bastante elevada, a rondar os 90 km com as semanas das tais provas para reduzir um pouco. Na semana do 5 de Outubro fiz dois treinos de 21 km, com a parte final a ritmo de maratona e estava feito o treino. Na semana de “tapering” foi só rolar três vezes 30 minutos e já estávamos de regresso à prova rainha.

Fui buscar o dorsal logo na 5ª feira à hora de almoço, não sei se chegou a haver expositores, mas quando eu lá estive, só tinha os balcões para entregar os dorsais e as t-shirts, da maratona e da meia.

No domingo, o despertador toca às 4:30 (!!!???) para ir passear o canito e fazer uma digestão em movimento do ligeiro pequeno-almoço, depois por volta das 5:00 arrancar para Lisboa e deixar o carro no sítio do costume, em frente ao teatro S. Luís no Chiado, descer a Rua do Alecrim e apanhar o comboio das 6:00 para Cascais. Já ia bastante cheio de corredores, ouviam-se sotaques americanos, alemães, franceses, ingleses, espanhóis, português do Brasil e claro os de Portugal, a Rua “direita” de Cascais estava repleta de gente.  No local de partida ainda se davam os últimos toques na logística e faziam-se os últimos testes de som.

Quando dava os meus últimos toques na “maquilhagem”, vem um simpático maratonista ter comigo e pergunta se eu sou o Nuno Cabeça, que mesmo com a máscara reconheceu-me e é seguidor do blog há muito tempo – vim depois a pesquisar ser o amigo João Ricardo, que por vezes aqui comenta e disse-me para postar mais vezes… falámos sobre o tempo alvo e desejámos boas provas.

Depois segui para o bloco de sub 4horas, aguardamos um pouco e é dada a partida. Objectivo dos primeiros 5K, ir bastante lento e não entrar em entusiasmos, até deixei o “balão” das 4h ganhar muito avanço, o Álvaro Pinto passa por mim e dá-me força, e eu digo que os motores ainda estão a aquecer. O dia estava perfeito para correr a maratona neste percurso, tempo encoberto, mesmo nevoeiro com alguma chuva miudinha, e sem vento, até na zona do Guincho famosa por ele. Após passar os 5K começo a  aumentar mais o ritmo, passo o tal “balão”, passo o Tigre, o Álvaro, depois dos 10K, tomo o meu primeiro gel, e lá vamos pela marginal, cerca dos 17 km em S. Pedro do Estoril estava o Bento, de bicicleta e a tentar furar os bloqueios e ainda demos uns dedos de conversa e ele bastante apoio, passámos a meia-maratona, eu tomei o meu segundo gel e o Bento ficou logo a seguir a Carcavelos. Eu vou a seguir a minha margem de ritmos, passamos no passeio marítimo entre Caxias e a Cruz Quebrada e após a passagem no túnel debaixo do caminho de ferro, sentiu-se a primeira zona de verdadeiro apoio, com muita gente a gritar e a aplaudir. Eu durante toda a prova fui a tentar agradecer todo o apoio que nos era dado, e muitas caras  iam-se a repetir ao longo do percurso. Após tomar o meu último gel e passar a marca dos 32 km, tenho “ordens” para “soltar os cavalos” e ver o que dá… começo a passar pessoal que bateu em muros, que levou com a marreta do homem. Durante a prova vi muitos estrangeiros de muitas nacionalidades, tal como verifiquei no comboio, mas acho que havia um grande contingente da Dinamarca. Na Av. 24 de Julho ainda passei pelo amigo João Ricardo, pedi desculpa por não o acompanhar para tinha que manter as “rotações” no mesmo nível, as pernas é claro que já sentiam os quilómetros,  mas como podem ver na imagem abaixo, foi uma prova em crescendo, o que numa maratona é sempre saboroso. Após o “pavet” da Av. Ribeira das Naus, e já na Praça do Comércio, sente-se o apoio do muito público e após passar pelo Arco da Rua Augusta alcançamos o Triunfo de mais uma maratona concluída, sempre a aumentar o ritmo e com boas sensações.

Depois foi recuperar, almoçar e dormir uma boa sesta, e ficar a pensar quando vai ser a próxima.

Aqui fica o registo do Strava.

Abraços e boas Corridas!

a minha corrida

Comentários

2 comentários a “Maratona de Lisboa”

  1. Parabéns Nuno. Grande Prova. O split negativo é mesmo para quem sabe da coisa.Eu é que, nesse aspecto, sou uma autêntica desgraça, eheh. Abraço.

  2. Obrigado Fernando!

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