Foi um período de treino pouco produtivo, mas foi cumprido, nos mínimos mas foi.

Desde Junho que andei a treinar para esta maratona, não com o mesmo empenho que tive em 2023, mas com a vontade de 2024. E isso quer dizer o quê? Que o ritmo foi muito levezinho em quase todos os treinos, tive poucas séries, quase nenhumas rampas, a única coisa positiva é que os longões foram todos na serra de Sintra, o consumo de calorias não terá sido demasiado comparado com as calorias ingeridas, pois na prova de ontem levei mais 5000 gramas de “carga” relativamente a 2023.

A abordagem a ter, seria não levar um plano rígido, começar devagar, como é tradicional e depois tentar aproximar dos 5:00/km se desse.

Alarme toca às 4:00, pequeno almoço, volta com o cão, WC e sair de casa, arrumar o carro no local habitual, apanhar o comboio das 6:00, chegar ao local de partida pouco depois das 7:00, preparar as ultimas coisas, deixar a bagagem, relaxar, ir para a caixa de partida, partida.

Entrar num ritmo por volta das 5:20/km nos primeiros 5K, estava muita gente este ano, a temperatura está elevada para esta hora e a humidade não ajuda nada a desenvolver uma corrida solta, ali para a zona do Guincho vejo do outro lado da estrada o Carlos, companheiro das corridas desde há 20 anos, mas neste caso, no papel que faz tão bem, de fotógrafo, e ainda me consegue apanhar quando acenei e gritei o nome:

Quando passei a tal marca dos 5K para começar a puxar mais, acontece-me como em Madrid, tenho que fazer um “pit stop” num WC, foi coisa rápida mas corta o ritmo, é uma fase que até tem algumas subidas até à Guia, mas mesmo assim fui chegando o mais que pude aos 5:00/km, depois dos 10K é um período mais descendente e o ritmo engana, só depois dos 15K verifico que estou estável nos 5:05 / 5:10/km e deixo-me ir, a partir da meia-maratona começam os abastecimentos a cada 2,5km e vou aproveitando para arrefecer o corpo, o Carlos apanha-me mais uma vez num desses momentos:

Na zona da Baia dos Golfinhos quando passamos para o Passeio Marítimo de Algés, sitio natural de quebra por volta dos 30 / 32K noto uma baixa de ritmo, não quis forçar, deixei ir, não deixei que pensamentos negativos ponderassem entrar em caminhada ou algo semelhante, agora era só ir a subtrair os quilómetros e ficar cada vez mais próximo da meta e mantendo um ritmo constante, ia passando muito gente, mas também ia sendo ultrapassado por muitos, na 24 de Julho, já só pensava em chegar e acabar a 27ª maratona do meu histórico de corrida.

Meta cortada em 3h44m31s no meu relógio, mas no cronómetro da prova praticamente igualei as 3h45m.

Foi uma prova muito semelhante a Madrid, curtir a prova, sem dores, deixar o “motor” dar o que tem e desfrutar, pois estou a fazer o que mais gosto; correr e desafiar-me. Aquele gelado no fim sou mesmo bem, mas antes tive que deixar o estômago acalmar, senão ia tudo borda fora…

Fiquem aqui com o meu registo no Strava:

Já tenho o plano até final do ano e vou dando notícias por aqui.

Abraços e boas corridas!


Comentários

4 comentários a “Maratona de Lisboa”

  1. Avatar de Antonio Luis Maurício Teixeira
    Antonio Luis Maurício Teixeira

    Boas amigo. Mais uma para o currículo. Objetivo alcançado.
    Prazer acima de tudo .
    Que continues com esse prazer e com saúde para poder fazer o que tanto gostas.
    Aquele abraço

    1. Avatar de Nuno Cabeça
      Nuno Cabeça

      Grande amigo! Muito Obrigado!
      Um grande abraço!

  2. Parabéns Nuno.
    Grande Marca.
    Abraço.

    1. Avatar de Nuno Cabeça
      Nuno Cabeça

      Muito obrigado, Fernando!
      Parabéns também pela sua, sem relógio, mas que parecia um relógio

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *